terça-feira, 10 de novembro de 2009

  • DE DOCTA IGNORANTIA

    Ainda soa na minha mente, o meu momento de reflexão. «Existirá, pois, um máximo absoluto sem o qual nada pode existir» – diz Nicolau de Cusa (Nicolau de Cusa, De Docta Ignorantia, I.4). E, tenho de assentar, há parcialidade de conhecer, a não ser em YHWH. E lembro-me das palavras de Hemon a Creonte: «Aqueles que pensam ter recebido a sabedoria em exclusivo, ou possuir uma eloquência, ou um talento sem igual, fazem prova muitas vezes, da inconsistência das suas pretensões. Mesmo para um grande magistrado , não é desonroso aprender constantemente a rever os seus julgamentos…» (Sofocles, Antígona, II).

    Mas há quem ache que não, há quem ache que não… o Mundo está cheio de sábios e de donos da razão, da ciência (das ciências, Deus meu, das ciências!) e tutti quanti que é saber. É, de todo, a douta ignorância; a douta e papagueante ignorância. E, como dizem que disse o grego, não sabem que nada sabem; de todo. E o Pai os perdoará, como perdoou a todos aqueles que não sabiam o que faziam.

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